A lenda do Rei Wamba
Num local de beleza inigualável, sobre as Portas de Ródão, encontramos o Castelo do Rei Wamba.
Acredita-se que a sua origem remonte ao tempo da ocupação muçulmana, contudo a tradição oral associa-o ao rei visigodo Wamba.
Reza a lenda que Wamba, rei suevo ou visigodo, fundou o castelo de Ródão, onde vivia com a sua mulher, filhos e restante corte. A caça e a guerra exigiam que este passasse longas temporadas ausente e a rainha acabou por se apaixonar pelo rei mouro, que governava na outra margem do rio Tejo.
Namoravam sentados em cadeiras de pedra, situadas nas margens das Portas de Ródão, até que a rainha resolveu abandonar o seu rei e castelo para estar junto do rei mouro.
O rei Wamba, com os seus guerreiros e filhos, projetou um plano para o resgate da sua rainha. Dirigiram-se para a capital do rei mouro e esconderam-se nas proximidades. O rei Wamba avança para o castelo, com a condição de que ao seu toque de trombeta os restantes o acudissem.
Disfarçado de peregrino, entrou no castelo do rei mouro, mas rapidamente a rainha o reconheceu e fez dele prisioneiro. Apelou à generosidade do seu inimigo para tocar, pela última vez, a sua corna. Tanto tocou, que os companheiros, já de atalaia, lhe acudiram, derrotaram o exército e trouxeram a rainha para o castelo de Ródão.
A rainha foi condenada, atada numa mó de moinho e despenhada pela íngreme encosta do Tejo, dizendo-se, ainda hoje, que por onde o corpo rolou nunca mais cresceu mato.
Atualmente, o Castelo do Rei Wamba é um monumento classificado, implantado num espaço de extraordinária beleza cénica e grande importância estratégica.
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Fonte: [Afonso, Ana Maria Tavares e Maria de Jesus Tavares (s/d). Região de Ródão – A Economia e as Pessoas, Escola Secundária Amato Lusitano, p.9]